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"à espera de godot"

"... é uma coisa que não é, mas faz de conta que é para ver como seria se fosse."

"à espera de godot"

"... é uma coisa que não é, mas faz de conta que é para ver como seria se fosse."

30.Out.06

... deve ser engano...

Foi com alguma surpresa, confesso, que li, no Público de 29 de Outubro, O Retrato da Semana, da autoria de António Barreto (sem link ).

"Como engano deve haver nas notícias que nos dizem que a ministra quer que os professores cumpram oito horas de aulas por dia. Oito vezes cinco dias, temos quarenta horas de aulas por semana. A que devem acrescentar-se as horas de reunião de turma e de escola, as horas de recepção dos alunos e dos pais, as horas de revisão de testes e exames, as horas de substituição de professores e as horas de acompanhamento de estudo e trabalho, sem esquecer evidentemente as horas de preparação de aulas. Pensar que isto é possível ou que deve ser feito releva de uma mente definitivamente descolada da realidade. Desafio qualquer ser humano a cumprir este horário!  Creio que nem sequer vale a pena fazer mais contas e argumentar. Não quero acreditar. Deve ser engano."

Simplesmente interessante. Já agora fico à espera que a Ministra venha desmentir.

30.Out.06

a confusão

Decididamente, esta equipa ministerial está completamente confusa. Agora dá o dito por não dito nesta matéria e acusa os sindicatos de faltarem à verdade. Procurei no sítio do ministério as várias versões da proposta de alteração ao estatuto e apenas encontrei esta que data de Agosto. A quem interessa esta confusão? Não é certamente aos professores, muito menos às escolas e ainda menos ao País.

Esta equipa está a ultrapassar todos os limites da decência. Espero que não se demore demasiado tempo a avaliar o seu desempenho. Estou convencido que nenhum destes senhores, ministra e secretários, chegaria a professor titular.

29.Out.06

o ódio

Só pode ser um ódio visceral o sentimento que a ministra da Educação de Portugal nutre pelos professores portugueses.

Só pode ser por ódio que esta ministra não dorme para pensar em todas as maneiras de castigar os professores que realmente trabalham e são a maioria.

só pode ser por ódio que esta equipa ministerial mantém secreta até ao último dia das falsas negociações uma medida tão execrável quanto venenosa.

Só pode ser por ódio que, mais uma vez, confunde a opinião pública, sobretudo a que desconhece o que é ser professor numa escola portuguesa no século XXI, com a velha lenda das infindáveis "férias dos professores". (ver aqui)

Só pode ser por ódio que finge desconhecer que os professores trabalham, de facto, bem mais do que 8 horas por dia.

Só pode ser por ódio que agita recorrentemente a bandeira da luta contra o professor incumpridor, preguiçoso e incompetente, sobretudo quando mete todos no mesmo saco.

Só pode ser por ódio e, já agora, por incompetência.

27.Out.06

a farsa

O Ministério da Educação acaba de dar por encerrado um processo a que, erradamente, chamou de negociação com os sindicatos sobre o Estatuto da Carreira Docente. Ao longo de várias reuniões, a tutela não saíu das suas posições intransigentes, esperando apenas que a plataforma sindical abdicasse das suas reivindicações mais legítimas.

As leves alterações apresentadas pelo Secretário de Estado, numa tentativa falhada de demonstrar uma abertura que não existiu nunca, foram poeira deitada aos olhos dos professores e da opinião pública. O Ministério da Educação partiu para esta "negociação" com a convicção de que se não chegasse a acordo, ou seja, se os sindicados não concordassem com as intenções do ME, poderia, como quer, legislar a seu bel prazer, culpabilizando ainda as forças sindicais pelo anunciado insucesso negocial.

Esta encenação, a que não faltaram a chantagem pela boca de Jorge Pedreira e a mentira pela de José Sócrates, só podia ser... uma FARSA.

26.Out.06

a mentira

Sócrates mentiu, hoje, ao afirmar, na sua qualidade de secretário-geral do partido Socialista, durante um "comício" no Algarve, que os sindicatos afinal tinham chegado a acordo com o governo quanto à introdução da avaliação de desempenho no Estatuto da Carreira Docente. Por que mente o Primeiro-Ministro? Só poderá ser por "desconhecimento, distracção ou tentativa de enganar a opinião pública"

Na minha opinião, é pelas três razões conjuntamente. Mente por desconhecimento: porque o primeiro-ministro não sabe que a avaliação de desempenho já está prevista no actual estatuto que já tem 16 anos. Mente por distracção, porque o que foi afirmado, hoje, na reunião enntre o ministério e a plataforma sindical,foi que uma eventual aceitação do modelo proposto pelo ministério ficaria dependente do fim das quotas e das vagas na progressão. Finalmente, mente como tentativa de enganar a opinião pública e, uma vez mais, lançá-la contra os professores e educadores.

Ao mentir com tanto despudor, o primeiro-ministro e o seu governo, não olham a meios para atingir os seus fins, confundir os professores e criar divisões entre eles para continuar a reinar com a sua arrogante maioria absoluta.

22.Out.06

ranking da treta

Uma vez mais esta falácia que os jornais, sobretudo o Público e o seu director José Manuel Fernandes, aproveitam para desferir mais um golpe na Escola Pública.

Comparar os resultados obtidos em 26 provas, em 6 disciplinas, (Mira Rio) com os de 445 provas, em 8 disciplinas, (E. S. Aurélia de Sousa) e concluir que os resultados daquela são melhores que o desta é manipulação grotesca dos dados que só tem como objectivo confundir a opinião pública.

Vale a pena observar, por exemplo, que Mira Rio realizou 6 exames a Matemática enquanto que a Aurélia de Sousa realizou 104. Já agora, a melhor nota obtida por Mira Rio neste exame foi de 16,5 enquanto que a melhor de Aurélia de Sousa foi 19,1. No Português B, Mira Rio fez 10 exames, obtendo a nota máxima de 19,1 e Aurélia de Sousa realizou 139 provas e a nota maior foi 19,0. Em Biologia, Mira Rio prestou 5 provas e obteve a nota máxima de 17,6, Aurélia de Sousa fez 45 exames e o nota máxima foi 18,6. Em Química, Mira Rio com 2 exames conseguiu o máximo de 13,5 e Aurélia de Sousa alcança o máximo de 14,3 com 26 exames. Em História, Mira Rio com 2 exames faz o máximo de 12,1 e Aurélia de Sousa com 14 exames faz o máximo de 17,8. Por fim, Mira Rio, em Psicologia, com apenas 1 exame consegue a nota de 5,8 enquante a Aurélia de Sousa, com 67 exames consegue o máximo de 20,0.

No ranking do Público, de Sábado passado, o privado Colégio Mira Rio aparece em 2º lugar enquanto que a pública Escola Secundária Aurélia de Sousa apenas surge em 11º.

Perante estes dados, que também constam da edição de Sábado do Público, quem é que é melhor do quem? Que validade tem este exercício de classificação das escolas? Que utilidade tem este derperdício de papel?

 

20.Out.06

ainda a chantagem...

Continua a argumentação irresponsável do Secretário de Estado a propósito do processo negocial com a plataforma sindical, como está confirmado, uma vez mais [aqui].

Palavras para quê? É um "artista" português.

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