Parafraseando o Secretário de Estado da Indústria e Inovação, António Castro Guerra, um dia depois da excelente tirada de que os consumidores seriam os culpados pela subida em cerca de 16% do preço da electicidade para 2007, ao afirmar que "todos temos um dia mau", há Ministros e Secretários para quem todos os dias são maus.
É o caso de Jorge Pedreira, Secretário de Estado adjunto da Educação, como se pode constatar pelas declarações prestadas à Rádio Renascença que se transcrevem e que podem ser ouvidas aqui.
"Aquilo que dissemos hoje aos sindicatos foi uma coisa diferente. Ãquilo que dissemos foi, no fundo, o seguinte: Os sindicatos, ou querem parar de tentar afundar o barco com o risco de serem os primeiros a afogar-se, ou querem entrar no barco connosco e conduzi-lo a bom porto. Esta foi a alternativa que deixámos hoje aos sindicatos."
Ou seja, o Ministério agora decidiu recorrer a uma nova arma: a chantagem como argumento.
foi a resposta que os professores e educadores deram a esta equipa ministerial. Espera-se que tirem as devidas lições destes dias de luta e que, já amanhã na reunião que marcaram com a plataforma sindical, possam redimir-se de um sem número de considerações irresponsáveis sobre os docentes e as escolas.
... dos professores e educadores de infância aderiram a este dia greve. O Ministério da Educação mostrou-se uma vez mais igual a si próprio, apresentando números que nada têm que ver com a realidade como facimente se comprova pelo nº de escolas que fecharam em todo o país.
A Ministra, com aquele ar asséptico, vem dizer que a Greve não tem sentido porque alegadamente estamos a meio de um processo negocial.
A meio? - pergunto eu.
Parece-me que, com o tipo de comentários que tem vindo a produzir em relação aos professores e à sua luta, quem não tem sentido é esta Ministra.
Por isso também é que amanhã vou continuar em GREVE.
Se a Ministra da Educação ousasse introduzir a sua mão nesta boca da "veritá" era bem capaz de a lenda se transformar em realidade, ou seja, com as mentiras e as meias-verdades com que pretende iludir a opinião pública, e alguns docentes desprevenidos, a propósito das propostas de alteração do Estatuto da Carreira Docente, de certeza que a boca se fecharia e lhe cortaria a mão num ápice..
A mim não engana ela e é por isso que hoje e amanhã estou em GREVE!!!
O Ministério da Educação, numa verdadeira acção de agitação e propaganda, pretende condicionar a opinião pública, com duas páginas de publicidade no Público (e parece que também no jornal de Notícias), sobre as suas propostas de alteração do Estatuto da Carreira Docente.
Estou em perfeita consonância com o que, apropósito, é dito [Aqui]. Pelo que recomendo a leitura, prometendo alguns comentários para mais tarde.
A Ministra de Educação continua a usar a sua "clarividência" para insultar os professores, como se pode constatar [aqui]. Desta vez, tira da sua cartola de mágica e ilusionista a brilhante ideia de que os milhares que se manifestaram no dia 5 de Outubro em Lisboa, afinal, fizeram-no porque não souberam ler as propostas iluminadas de alteração do Estatuto da Carreira Docente. Percebe-se agora, também, a ideia peregrina de uma hora de leitura diária obrigatória, no âmbito do Plano Nacional de Leitura.
Desta vez a Sra. D. Lurdes não desperdiça a oportunidade de atacar de novo os Sindicatos, sugerindo aos professores que leiam "por si próprios", como se aqueles não fossem compostos por professores e os professores não tivessem capacidade e inteligência para interpretar o que o seu ministério vai produzindo. Como se não fossem suficientemente inteligentes para perceber que com esta proposta de Estatuto aquilo que o governo chama de poupança não passa de um ataque despudorado aos seus direitos e de um "roubo" descarado cada final do mês.
Lembremo-nos de que foram 14 as que se uniram numa acção a nível nacional contra a política educativa do Minitério da Educação e que, aqui sim, A Ministra conseguiu um feito histórico. Nenhum outro Ministérro da Educação conseguiu um feito tão notável (e já por lá passaram em 32 anos de Democracia, nada mais nada menos, que 26 Ministros. Esses sim, salvo raríssimas excepções, são os verdadeiros culpados do estado a que chegou a Educação em Portugal.
Neste blog, daremos a conhecer os seus nomes e os seus rostos, brevemente.