à espera de 2007
Durante algum tempo estarei ausente. Voltarei em 2007.
Boas saídas, melhores entradas.
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Durante algum tempo estarei ausente. Voltarei em 2007.
Boas saídas, melhores entradas.
Depois dos protestos de professores e alunos, os tribunais administrativos e fiscais de Castelo Branco e de Leiria deram razão às reclamações apresentadas por dois docentes que exigiram às suas escolas o pagamento destas actividades de substituição como trabalho extraordinário.
Anteriormente, já os tribunais tinham condenado o Ministério da Educação a repetir exames para dois estudantes e a abrir vagas na Faculdade de Medicina.
Parece que este ministério e a lei não se dão lá muito bem. Não admira, portanto, que outros casos de condenação desta equipa ministerial a cumprir a lei se venham a verificar.
Alguém me explica, por favor, a razão de tantas menções honrosas e distinções do serviço DEGRHE do MInistério da Educação?
No primeiro caso, é interessante constatar que o outorgante do prémio é, nada mais nada menos, o Ministério das Finanças, através do seu Instituto de Informática. Tão amigos que nós somos!
Mais interessante é o motivo que provoca tal condecoração: o projecto "Concurso de Docentes 2005-2006". Pasme-se.
No último caso, é a categoria em que o prémio foi atribuído: "Inteligência de Negócio". Inteligência (???) de Negócio (ah!). É bom saber que temos um ME tão premiado. Assim podemos dormir descansados. (Salvo seja.)
Estas imagens foram copiadas daqui.
PLANO NACIONAL DE LEITURA
Como adquirir os livros
"Os professores são unânimes em considerar que, para que o trabalho cumpra de facto o objectivo de promover a leitura, é necessário dispor de, pelo menos, um livro para cada dois alunos. Naturalmente, se cada aluno possuir um livro, melhor ainda."
"As escolas têm sabido assegurar a existência de livros suficientes, incentivando os alunos a adquirirem os livros com que vão trabalhar e recorrendo às obras existentes na Biblioteca Escolar." (na minha só há cerca de quatro obras das aconselhadas por cada ano)
"Alternativas sugeridas para a concretização dos programas do Plano Nacional de Leitura:
· Reforçar gradualmente a Biblioteca Escolar e ir constituindo um fundo muito variado de conjuntos de livros destinados à leitura orientada na sala de aula que possa servir as turmas mais diversas em anos sucessivos
· Para constituir esse fundo documental, as escolas poderão recorrer a:
- verbas disponíveis no orçamento (que orçamento???)
- reforço de orçamento que será gradualmente atribuído pelo Ministério da
- Educação, no âmbito do Plano Nacional de Leitura (quando e quanto?)
- financiamento da Câmara Municipal ou da Junta de Freguesia
- contributos de Mecenas ou Patrocinadores do Plano Nacional de Leitura
- financiamentos obtidos no quadro de candidatura a programas de apoio de diferentes instituições
- contributos de Patrocinadores angariados pela escola
- contributos da Associação de Pais ou de Famílias que queiram apoiar o Plano Nacional de Leitura
- resultados (brindes e lucros) da organização de Feiras do Livros e de outras iniciativas da escola
· Quando os professores considerarem oportuno, poderão sugerir aos alunos que metade da turma adquira os livros recomendados para um dos períodos lectivos, a outra metade os livros recomendados para outro período, assegurando a escola a aquisição dos livros para o período que resta (que poderá ser o 1.º período lectivo)."
É interessante constatar que as estratégias com que o Ministério da Educação conta levar avante o seu Plano Nacional de Leitura se baseiem fundamentalmente na aquisição pelos próprios alunos das obras sugeridas. Se conseguirmos que os alunos adquiram as referidas obras, provavelmente não se justificará um plano para incentivar a leitura.
Outras sugestões práticas
· "Quando a Biblioteca da Escola possuir conjuntos de obras que os vários professores queiram escolher para leitura orientada nas suas turmas, será indispensável organizar:
- um calendário de circulação (por exemplo, uns professores de manhã, outros de tarde, alguns professores no 1.º período, outros no 2.º período, etc.)
- uma forma prática de assegurar a circulação e o transporte dos livros entre as salas (por exemplo, o cesto, a caixa, o carrinho, etc.)"
Chega a ser enternecedora a forma paternalista como a tutela trata os professores. Como é que nenhum de nós se tinha lembrado ainda destas modalidades de calendarizar e assegurar a circulação dos livros.
Já agora, não se esqueçam de quando mandarem os cestos, as caixas ou os carrinhos, mandarem também os livros. Sim, porque o plano foi lançado em Junho e já estamos em Dezembro, ou seja, o primeiro período lectivo já terminou.
O texto do Plano pode ser lido aqui. Os sublinhados são da minha responsabilidade.
É incrível, mas acontece que ao fazer uma das minhas visitas regulares a A Educação do meu Umbigo, encontrei justamente as palavras de que andava à procura há algum tempo para comentar uma situação que constato no meu agrupamento.
Vou utilizar algumas delas, com a devida vénia a Paulo Guinote.
"... nem todas as agruras e amarguras que ensombram o nosso quotidiano têm a sua origem na 5 de Outubro ou mesmo na 24 de Julho. Algumas surgem entre nós como sempre surgiram só que quando se anda sobre brasas, até parece que dói mais.
Isto vem a propósito de dois tipos de colegas - por vezes as qualidades reunem-se num só corpo - que procuram elevar ainda mais a fasquia da burocratização imposta pelas normas, despachos, portarias, circulares, decretos regulamentares ou leis que emanam da tutela.
Não é por nada, mas este(a)s colegas são aqueles que deveriam alegremente aceder a ser integrados nos quadros do funcionalismo público, daquele mais recôndito e manga de alpaca que se possa imaginar. Porque não penso que seja da Educação o seu reino. Acredito, porém, que será deles a via para a titularidade."
Não poderia estar mais de acordo com o que acima fica dito. É já a corrida de alguns "iluminados" aos lugares de titular. Bom proveito!!!
2006 - cem anos depois (foto daqui)
Música: Fernando Lopes Graça
Letra: José Gomes Ferreira
Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz
Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações
Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!