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Grândola, vila morena
Terra da fraternidade |
Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.
Em silêncio, amor
Em tristeza e fim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder.
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci.
E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor
Que aprendi.
De novo vieste em flor
Te desfolhei...
E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.
VLADIMIR - Gogo!
POZZO - (apoiando-se em Lucky, que cambaleia) O que é? Quem é?
Lucky cai, deixa cair tudo, e arrasta Pozzo consigo. Ficam os dois estendidos no chão, desamparados entre a bagagem espalhada.
ESTRAGON - É o Godot?
VLADIMIR - Até que enfim! ( Aproximma-se de Pozzo e Lucky.) Até que enfim temos reforços!
Pozzo - Socorro!
ESTRAGON - É o Godot?
VLADIMIR - Estávamos a começar a fraquejar. Agora temos a certeza que chegamos ao final da noite.
POZZO - Socorro!
ESTRAGON - Estás a ouvi-lo?
VLADIMIR - Já não estamos sozinhos à espera da noite, à espera do Godot, à espera de ... à espera. Lutámos durante a tarde inteira sem qualquer ajuda. Agora acabou. Já é amanhã.
POZZO - Socorro!
VLADIMIR - O tempo volta a correr. O sol vai pôr-se, a lua vai nascer, e nós vamos embora... daqui.
POZZO - Piedade!
VLADIMIR - Pobre Pozzo!
ESTRAGON - Eu sabia que era ele.
VLADIMIR - Quem?
ESTRAGON - O Godot.
VLADIMIR - Mas não é o Godot.
ESTRAGON - Não é o Godot?
VLADIMIR - Não é o Godot.
ESTRAGON - Então quem é?
VLADIMIR - É o Pozzo.
POZZO - Sou eu! Sou eu! Ajudem-me a levantar!
VLADIMIR - Náo se consegue levantar.
ESTRAGON - Vamos embora.
VLADIMIR - Não podemos.
ESTRAGON - Porquê?
VLADIMIR - Estamos à espera de Godot.
ESTRAGON - Ah, pois é.
BECKETT, Samuel - À espera de Godot
Foto tirada daqui, com a devida vénia.
Imagina-se onde seria capaz de chegar se tivesse concluído os estudos!!!
O meu veemente protesto contra uma campanha de mau gosto, de baixo nível, dum governo que não considera dignas profissões e pessoas que o são.
Lembram-se quando José Sócrates, a propósito do concurso de professores para o triénio de 2007-2009, disse que alguns dos que não tinham sido colocados nem sequer eram professores?
Pois é. Cá se fazem... cá se pagam.
P. S. Uma nota final: aqueles eram mesmo professores.
Os políticos desta terra já não sabem mais que inventar para conseguirem algum protagonismo. Num país em que o Ensino e a Educação vivem tempos conturbados com as ideias iluminadas dos titulares da pasta da tutela, só faltava mais esta ideia peregrina do líder do psd Marques Mendes. Ou seja, ainda o país não recuperou do epifenómeno de termos um primeiro-ministro quase engenheiro, já a oposição quer criar outro caso. Não me parece que com a proposta marquesmendista expressa no público de hoje, se vislumbre qualquer luz no fundo do túnel da Educação.
Definitivamente, não é com o facto de "cada escola escolher o seu pessoal docente e não-docente, com sistemas remuneratórios próprios e diferenciados; e ainda gerir o seu calendário, horários e, inclusivamente, cargas lectivas" que se resolve o problema do sistema de ensino em Portugal. Este, o sistema, e Portugal também, já foi bastante prejudicado com as medidas atrozes da actual equipa ministerial. Não vamos bater mais no ceguinho. Nem vamos pôr-nos em bicos de pés e dizer umas toleimices para que reparem em nós.
Enquanto o país decide se o primeiro ministro é ou não é engenheiro, eu fico tranquilamente à espera. Bem, tranquilamente não. Na realidade, não me preocupa que o primeiro-ministro não seja engenheiro, ou que seja licenciado em engenharia. Não me consta que sejam necessárias quaisquer habilitações especiais para se desempenharem tais funções governativas. O que realmente me preocupa é que o primeiro-ministro tenha tido a necessidade de se justificar quanto às suas habilitações na praça pública. O que me preocupa é que o primeiro-ministro tenha permitido que se instale à sua volta este clima de desconfiança. o que me preocupa é que os problemas essenciais deste país se tenham repentinamente convertido num problema tão comezinho como o de um certificado que é passado num domingo, com notas lançadas em Agosto, de cadeiras leccionadas por um único professor que acabo membro do governo. O que me preocupa é que o primeiro-ministro tenha direccionado toda a sua raiva contra a "blogosfera", como se esta fosse a fonte de todos as insinuações à volta do seu percurso académico.
Uma coisa é certa. O primeiro-ministro reconheceu o poder que a blogosfera detém. Resta esperar que o não subvalorize, com tanto orgulho e excesso de autoconfiança.
Finalmente, chegaram à minha escola 3 caixotes com livros, no âmbito do Plano Nacional da Leitura. A factura é de 2 500 €. Foi distribuída uma listagem, em fotocópia de muita má qualidade, mas os livros ainda não estão disponíveis para serem utilizados por professores ou por alunos. Antes disso hão-de passar por um demorado processo de catalogação.
Como se diz na minha terra: "Quando será Maio?" Fico à espera...