A festa de Sócrates, os foguetes de Vitalino e o azul de Menezes
"Na manhã do dia em que 100 mil professores desfilaram em Lisboa, o porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas, afirmou publicamente
que "o PS olhará com atenção para os sinais que vêm da manifestação". Parecia uma afirmação sensata . mas Vitalina avisava já que não haveria mudanças de rumo. Para quê, então olhar "os sinais"? Por simples deleite contemplativo? Anteontem ,, (...)
A Marcha da Indignação protagonizada pelos 100 000 professores em Lisboa, no passado dia 8 de Março, constitui um verdadeiro xeque-mate ao governo do eng . José Sócrates.
O primeiro-ministro tinha duas hipóteses de jogada:
a) Substituição da equipa ministerial da educação por outra com mais capacidade de diálogo e de ouvir os professores;
b) Manutenção da equipa ministerial em exercício e defesa intransigente dos seus métodos autistas.
Sócrates optou pela última. Mas (...)
Foram seguramente mais de 85 mil (fala-se até em 100 mil) os manifestantes que participaram hoje em Lisboa na Marcha da Indignação.
Em causa estão as políticas educativas, a forma arrogante com que os responsáveis pela educação tratam os que deviam ser parceiros privilegiados: os professores, porque sem eles não há reforma que possa ser implementada.
A ministra e os seus secretários, espera-se, terão percebido desta vez que os professores não devem ser menosprezados, muito (...)